E chega um dia em que
percebes que estar perto é o que realmente importa; que as saudades que sentes
todos os dias não são nada parecidas com as dos filmes: que se apaziguam com
meia dúzia de abraços e de palavras bem desenhadas entre os lábios dos atores.
Percebes sempre isso da pior maneira: quando estás sozinho e tudo o que
precisas está demasiado longe de ti.
Chega um momento em que percebes
que a tua vida acontece tantos dias sem ti, que talvez, em parte, já não te
pertença. Sentes que, de cada vez que voltas, tens que correr uma maratona para
acompanhar tudo o que aconteceu no entretanto da tua ausência. E é sempre
assim: uma alegria enorme misturada com uma grande angústia de não saber muito
bem a que lugar pertencemos agora. Ou talvez a angústia seja apenas por
sabermos, exatamente, o lugar a que pertencemos; e por sabermos que esse lugar
está – quase sempre – demasiado longe.
E, no meio disto tudo –
que são apenas saudades –, percebes o mais importante: aconteça o que
acontecer, no final vais voltar. Mesmo que uma parte da tua vida tenha seguido
sozinha, sem ti, tu vais voltar para o lugar a que pertences. E mesmo que te
pareça tarde de mais, lembra-te: estás sempre a tempo de voltar!
As saudades serão sempre mais fortes quando saímos da nossa zona de conforto!
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