Numa parte do tempo penso
na força e na determinação que preciso de encontrar para conseguir, da melhor
maneira possível, enfrentar tudo o que vem pela frente. Na força que preciso
para perceber que a realidade nem sempre é o que parece e que aquilo em que
queremos acreditar, desesperadamente, nem sempre pode ser verdade. E depois,
terei que encontrar a determinação para dizer a mim mesma, e a quem precise de
ouvir, que as certezas são jóias raras e, por isso, quase inexistentes: quando
as encontramos, temos que nos agarrar a elas como se a nossa vida dependesse
disso.
Mas enquanto me faltar a
força e a determinação, sei que vou passar a maior parte do meu tempo a pensar
em ti e na maneira como fazes o meu coração disparar de cada vez que olhas para
mim. Vou pensar nos dias em que não te posso ver e em que o meu coração acelera
ainda mais; e depois em todos os segundos do meu dia em que vagueias pela minha
cabeça – chego a pensar que te mudaste para lá – e que não me deixas colocar os
pés no chão e sentir a realidade (ou será esta a minha realidade agora?). E até
quando adormeço e espero alguma paz, lá estás tu a aparecer em todos os meus
sonhos; e sou tão feliz quando sonho contigo. Na verdade, talvez sejas
exactamente a paz de que preciso: este alvoroço que não me deixa respirar, que
me faz acordar angustiada por saber-te tão longe (e tão perto) e por estas
terríveis saudades que sinto de ti (e por ti) em antecipação.
(Prometo voltar em breve e explicar o motivo da minha ausência. Vim desejar-vos um Bom Natal e deixar-vos um pequeno presente :) )