quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A Raiva.


Apetece-me dizer tudo o que me vem à cabeça. Apetece-me fazer coisas idiotas, muitas coisas idiotas. Quero gritar o sangue que me corre na alma. Ai não, o sangue corre nas veias, mas de qualquer maneira apetece-me gritar seja lá o que for que vive na minha alma. Talvez nem seja nada. Se calhar é só mais uma invenção da minha cabeça (ou do meu coração?). Apetece-me dançar sem música, desfazer-me em movimentos que não existem. Ligar a torneira da água quente, despir-me e deixar que ela me queime, por fora e por dentro. Transformar esta raiva em nada, enquanto caio sem saber onde nem porquê. Enquanto isso vou gritando com a esperança de que alguém apareça, me levante, me dê um par de estalos e me deixe a sofrer num canto qualquer. E que se vá embora a carregar a minha raiva, que sinta vontade de a gritar, se desfaça dela e volte. Volte para me abraçar e para me levantar de vez.

2 comentários :

  1. Para o mal dos meus pecados muita vez me sinto assim, e estou a passar uma fase em que me sinto assim, apetece-me partir tudo, honestamente.
    Mas, é uma coisa que ninguém irá perceber, sou apenas eu e os meus botões :3
    Gostei do texto de qualquer forma também :)

    Beijinhos #S
    http://wordsofsophie.blogspot.pt/

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  2. A raiva pode ir. Ela nunca faz falta :)

    Rui
    www.nabrevidade.blogspot.pt

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