Lembra-te de todas as vezes que aprendeste a esperar
tanto de alguém, que a certa a altura te habituaste a receber cada vez menos.
Como se qualquer coisa fosse pedir de mais. Tenta lembrar-te das vezes que
foste perdendo, aos poucos, a tua sanidade mental, enquanto imaginavas que do
outro lado estaria alguém a ouvir os teus devaneios e a desejar, tanto como tu,
que tudo se tornasse realidade. Lembras-te da horas, dos dias, das noites que
perdeste enquanto imaginavas se estaria realmente alguém a ouvir-te e a querer
tanto abraçar-te como se estivesse sempre ao teu lado?
Lembras-te, com toda a certeza, de teres a
estranha sensação de que durava desde sempre. E foi nesses momentos que te
esqueceste de fazer um balanço sobre o que tinhas perdido e o que tinhas ganho
ao longo do caminho. E admito que talvez até o tenhas feito, mas que não tenhas
conseguido perceber que a única coisa que ganhaste foi tempo
perdido. E esse, não volta mais.
Quando não tens nada a ganhar, tens sempre
muito a perder.
CateAndrade
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